Elon Musk critica interferência de Alexandre de Moraes nas eleições brasileiras

Empresário voltou a tecer críticas ao presidente do TSE e ministro do STF em publicação nas redes sociais

Por Da redação | www.portalalagoasnt.com.br 19/04/2024 - 07:56 hs
Foto: Reprodução


O bilionário Elon Musk, fundador da Tesla e SpaceX, voltou a expressar suas críticas ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, em uma postagem feita em sua conta nas redes sociais na noite desta quinta-feira (18).

 

 

"Moraes interferiu completamente nas eleições no Brasil", afirmou o empresário em resposta a uma publicação do jornalista Michael Shellenberger, um dos colaboradores da série de reportagens intitulada Twitter Files Brazil. Shellenberger abordou em sua postagem um relatório parcial de um subcomitê da Câmara dos Estados Unidos que acusou Moraes de censurar a direita no Brasil no Twitter, ao determinar a suspensão ou remoção de quase 150 contas na plataforma.

 

O jornalista observou que, de muitas formas, o sistema de censura abrangente no Brasil é único no país, com o Complexo Industrial de Censura localizado no Judiciário, ao contrário da Europa e dos EUA, onde está presente em departamentos governamentais específicos. Ele acrescentou que, em outros aspectos, a censura no Brasil reflete a visão avançada do Complexo Industrial de Censura criado por funcionários dos governos dos EUA e do Reino Unido, especialmente aqueles que trabalham em agências militares e de inteligência.

 

 

Apesar de grande parte dos documentos revelados no relatório da Câmara dos Estados Unidos não apresentarem os motivos para a suspensão dos perfis, isso não indica ausência de fundamentação jurídica, um requisito para toda determinação judicial. Muitos dos documentos vazados são ofícios nos quais o STF comunica às plataformas uma decisão prévia do ministro Alexandre de Moraes de banir contas ou usuários da rede social, e no qual ele é obrigado a justificar a necessidade da medida.

 

Em resposta, o STF, por meio de sua assessoria de imprensa, esclareceu que muitos dos ofícios expostos não estão acompanhados das "decisões fundamentadas que determinaram a retirada de conteúdos ou perfis". O tribunal reiterou que todas as decisões tomadas são fundamentadas, de acordo com a Constituição, e que as partes afetadas têm acesso à fundamentação.